segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sem obras, a Fé é morta (Tg 2,19)

A Epístola de São Tiago precisa ser vivenciada permanentemente por todos nós Cursilhistas.

Ela pode ser a base do nosso “tripé do MCC”, quando nos comprometemos com o agir, e assim, lembramos que uma missão nos foi confiada pelo Cristo, quando Ele nos disse: “Conto contigo!”, e nós, com toda segurança e determinação lhe respondemos: “ E nós com sua graça”.

Os Cursilhos têm sido uma chuva de bênçãos em nossas vidas e na vida de nossas famílias.

Mas, o MCC e através dele, a nossa Igreja recebem também dezenas e dezenas de discípulos e discípulas, que além de serem sal, fermento e luz, são também operários dedicados e valiosos na construção do Reino de Deus.

São tantas as graças que temos recebido e para as quais, os espaços se tornam infinitamen- te pequenos e nos impedem de descrevê-las uma por uma. Mas, chega um momento que sentimos na obrigação que vai além dos agradecimentos a Deus pelos êxitos e frutos de todos os Cursilhos, já realizados.

Entre tantos, um desses frutos mais recente, precisa ser lembrado aqui, porque a sua fé, veio com uma obra valiosa para o MCC na Diocese de Divinópolis.Tendo ele participado do 28٥ Cursilho Jovem Masculino, o nosso irmão Luiz Augusto (Lula) da cidade de Cláudio, a pedido da Comissão Jovem do GED, prometeu, assumiu, organizou e legalizou o nosso SITE.

E hoje, em apenas 60 dias nosso SITE já é uma referencia para todos nós do MCC. Muito obrigado Lula (Mineiro). Quem tem acessado nosso SITE, pode sentir pelo número de visitas, que o mesmo já tornou uma referencia para os milhares de Cursilhistas. Quantos recados e quantas notícias e mensagens maravilhosas.

Em particular, agradeço ao Edilson e Cleide, e todos que deixaram sua carinhosa mensagem no meu aniversário, ao A. Luiz, Dra. Elisa, Osvaldo, turma do Paracaju, Augusto Eugênio e tantas outras pessoas. Não poderia deixar de mencionar uma das últimas postagens, onde meu irmão de Grupo Acrísio, que usou até de um “furacão” para expressar sua conversão e seu testemunho de vida e caminhada.

Continuem nos apoiando e valorizando o trabalho desses jovens cursilhistas e que Deus recompense a todos vocês.

Abraços do Zé Antonio

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O tempo não para!!!






Na nossa vida hoje tudo é muito rápido e breve, não encontramos muito tempo para refletir não é verdade?


 Nem tempo para pensar em nós mesmos, que dirá nos outros.. E até mesmo demorar um pouco nas coisas boas que nos deparamos, para sentir o seu frescor
Todos estamos na correria! quem está fora?

Por tudo isso, o Cursilho está sendo pra mim um ponto de aconchego... onde paro tudo! descarrego as mochilas, retiro os 'badulaques'.

Nos encontros de cursilho colhemos pequenos valores seja de uma reflexão, de testemunhos, uma palavra amiga, um texto, encontros, etc.

Valores importantes, que são baseados na vida de Jesus Cristo que contrasta com os problemas de nossa vida, justificando e clareando as causas de alguns sofrimentos nossos.

E assim a vida vai ganhando sentido, sabor! Este tempo de encontro passa mais devagar e é mais cheio..

A cada dia descubro que gosto mais do que é demorado, o que levou tempo, esforçou-se. Parece uma afronta a realidade atual onde tudo precisa ser rápido, pronto, automático, descartável, sem esforço... para ganhar tempo.

Eu gosto é de galinha caipira! sua carne é mais dura, saborosa. Demorou pra ser formada. um grão aqui outro acolá.

No galinheiro da minha avô as galinhas tinham nome! fazia parte da vida da gente. que coisa!!!

Existem ainda muitos quintais que tem hortas, com chuchú, quiabo, couve, espinafre, etc.

Estes alimentos além de mais saudáveis tem gosto de vida, pitadas de alegria.

É assim também o Cursilho, que sobrevive firme e forte por ter pessoas que acreditam nisso também!

Encontrar tempo para participar deste movimento para mim é como plantar sementes de hortalissas no meu quintal, ou criar pintinhos... pouco a pouco essa miudezas vão brotando, crescendo e montando a nossa mesa.

Alimentos da alma. Estes não se compram em supermercados, não se aprende em faculdades, doutorados.

E assim o trabalho, os estudos, os afetos vão meio que lubrificando, sendo costurados destes valores tão bonitos, que não podem deixar de ser notados até pelo mundão.

 

é o Decolores...'fazendo o mundo ficar mais bonito em nossos corações'.

Luiz Augusto (Lula)
Cláudio-MG

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um furacão me carregou.

No início do ano de 1979, fui convidado pelo Rafael Fernandes, para participar de um encontro religioso. Como várias pessoas, relutei em aceitar, até que respondi que aceitaria, mas com a condição de que teria que ser fora de Divinópolis, pois temia não gostar, e sendo aqui seria mais fácil sair e voltar para casa. Naquela época havia um intercambio entre as Dioceses, que trocariam duas pessoas para fazerem o Cursilho entre as Dioceses. Fui então juntamente com o Raimundo Machado em 24 de maio de 1979 para a cidade de Congonhas, que faz parte da Diocese de Mariana. Foram nos levar, o Rafael Fernandes, o Silvério e o Tininho Machado. Esperamos o bota-fora na Toca do Daniel. Na volta o Jose Bosco, pai do Silvério, substituiria o Tininho.

Falar das maravilhas encontradas naquela casa, torna-se desnecessário, pois o Cursilho entrou como um furacão na minha vida e até hoje não consigo me ver fora dele. Na viagem de volta, dia 27 de maio de 1979, já fazia planos para ingressar em um grupo, e logo na semana seguinte, exatamente no dia 01 de junho de 1979, fundamos o Grupo São José da Paróquia da Catedral, e elegemos o Padre Evaristo para ser o nosso guia espiritual. Sem interrupções, o nosso grupo está perseverante até hoje, e já são 30 anos. Já passaram muitos amigos pelo grupo e hoje fazem parte Rafael Fernandes, Zé Antonio, Alemão, Corgozinho, Milton, Fernando Fernandes, Rafael Borgo, Roberto Meneses, Ilgair, Breno Cezar e eu. Toda 2ª. Feira nos reunimos e na última reunião do mês, fazemos uma celebração da Palavra na comunidade Ampare.

Quando nos Cursilhos são apresentadas alavancas de varias partes do mundo, mostrando o amor e a união entre os cursilhistas através das orações, muitas pessoas podem imaginar que não são verdadeiras aquelas mensagens. Para contradizer isto, pude comprovar pessoalmente no ano passado, quando estava em Santiago do Chile, recebi a Eucaristia de uma senhora que carregava no peito o nosso Crucifixo, então ela disse que era Cursilhista e estava muito feliz por participar de nosso movimento. Senti-me como se estivesse em casa, apesar da distancia , tal a alegria demonstrada por ela. 

Todos estes anos, fui acompanhado e incentivado em tudo que se relacione com o Cursilho pela minha esposa, também cursilhista Marilia de Cássia. Também minha filha Bruna Ellen com seu marido Rafael Borgo, cursilhistas, e minha filha Renata Kelly, não medem esforços para me ajudar quando solicitado para algum trabalho nos Cursilhos. Sem eles não teria forças para seguir na caminhada. Meu eterno agradecimento a todos eles.

Imitando as palavras de São Paulo, conforme Gálatas 2,20, poderia até dizer, que já não sou eu que vivo, mas é o Cursilho que vive em mim.




Acrisio Gomes.
 Grupo São José (Catedral)
Divinópolis

sábado, 19 de setembro de 2009

Os Anônimos do Evangelho



Outro dia entrei no site e li uma mensagem do Robson agradecendo o “peregrino de Santiago” responsável pela elaboração do site e das constantes atualizações. Fiquei pensando por alguns instantes e agradecendo a Deus pela vida deste rapaz.
Isso me fez pensar sobre algo que tenho rezado há algum tempo, os anônimos do Evangelho! Pessoas que se dedicam muitas vezes no anonimato para a construção do Reino.

Você já parou pra pensar nisso? Quantas pessoas diariamente passam por nós nas ruas, calçadas, ônibus, pessoas que sequer sabemos o nome, nem imaginamos quantas delas são apóstolos, profetas, santos anônimos.

Os evangelhos estão marcados por anônimos. No nascimento de Jesus nenhuma autoridade famosa estava lá prestigiando o maior nascimento da história da humanidade, o evangelho nos diz que haviam alguns pastores. Quem eram eles? Não sabemos sequer o nome deles. Os líderes religiosos não testemunharam o nascimento do próprio Deus, no lugar deles alguns estranhos, desconhecidos, anônimos.

E aqueles quatro rapazes que desceram o amigo amarrado em uma maca pelo telhado para que Jesus o curasse. Jesus chega a dizer que jamais viu tamanha fé, também não sabemos o nome deles.

Quem será que amarrou aquele burrinho que Jesus utilizou pra entrar na festa do domingo de ramos? Quem o deixou a disposição para Jesus?

E a casa onde aconteceu a Santa Ceia? Jesus orientou dois discípulos a prepararem tudo no segundo piso da casa, o “segundo andar” era o lugar nobre das casas. Quem foi este homem que disponibilizou a própria casa para aquela última refeição do Senhor com os seus?

No caminho do calvário quando a maioria dos apóstolos, tão conhecidos por nós, já não estavam com Jesus, o evangelho diz que algumas mulheres vieram ao seu encontro. Quem eram essas mulheres que vieram se encontrar com Jesus quando tantos o tinham abandonado?

A samaritana traz o nome de sua terra, a ela Jesus se revela como o messias em um dos mais belos diálogos da Bíblia. Aquela mulher será portadora da “boa notícia” em sua terra. Seu nome... não sabemos.

Poderíamos escrever muitos outros exemplos, mas estes bastam para entendermos que pouco importa se o mundo, o padre, o fulano ou o ciclano sabem seu nome, se você é ou não conhecido. Deus nos conhece a cada um e nos chama pelo nome! Não importa se somos anônimos, o Reino de Deus cresce a cada dia com a força e dedicação dos apóstolos/discípulos/servos anônimos.

De certo sabemos o nome de quem utiliza o microfone para cantar, para fazer mensagens e palestras, mas raramente saberemos quem fez a parte elétrica e disponibilizou aquela tomada para ligar o som. Deus conhece o coração de ambos e os chama pelo nome.

A propósito, você sabe o nome de quem plantou aquela árvore na rua da sua casa, ou na rua de cima? Você sabe o nome de quem lavou os banheiros no cursilho que você fez? E quem ministrou o curso de batismo para seus pais e padrinhos para a ocasião do seu batizado? Qual o nome das pessoas que contribuíram para que o alimento chegasse ao nosso prato na refeição de hoje? Esse você sabe com certeza: quem buscou você na sua casa e o levou na quinta-feira para o cursilho? E quem levou suas malas para o dormitório quando você chegou lá?

O mundo é barulhento, faz alarde, o Reino não! O Reino cresce silencioso, aqui e ali, não percebemos, mas, nesse tempo que ficamos juntos aqui lendo esse texto, ele cresceu um pouco mais em diversas partes do mundo a partir de um sorriso, de um abraço, de uma palavra coerente, de um ato de justiça. O Reino segue acontecendo a partir de pequenos gestos praticados por anônimos.

Que Deus nos conceda a graça de sermos, sempre que o Senhor desejar, anônimos que servem com doçura e alegria.

 

Rezemos juntos pelos anônimos do evangelho.


Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco...



A. Luiz

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Vamos nos fortalecer por aquilo que vivemos"

Estava eu, em uma bela noite de quarta-feira, conversando com um amigo sobre fatos corriqueiros, até que ele me contou um caso de um padre que estava procurando uma companheira para namorar em um programa de televisão (prefiro ocultar o nome como sinônimo de sigilo). Estranhei sua posição de crítica à Igreja Católica, pois além de se declarar católico, há poucos minutos havia me pedido para fazer orações em sua intenção quando eu fosse viajar para Aparecida do Norte.

Discuti com ele sobre o fato, alegando que, primeiramente, tratava-se de um programa de televisão voltado para a massa, que valoriza a vulgaridade, o desrespeito, que perdeu os valores fundamentais, como ética, caráter, e também valores religiosos. Em segundo lugar, comentei a hipótese de que aquele homem, que alegava ser padre, talvez nem o fosse, e provavelmente recebeu uma quantia exorbitante de dinheiro para estar ali.

Enfim, o quero demonstrar com esse exemplo, que é apenas um entre muitos do gênero, é o modo como a vida moderna, ou melhor, os homens modernos, estão tentando desmerecer, desonrar a Igreja Católica, o que implica em desestruturar a religião e até mesmo a fé católica. E o pior: fazem isso em nome do dinheiro, de algo que gera tanta incoerência, tanta desunião, em detrimento daquilo que considero essencial na vida de qualquer ser humano, que é justamente a religião.

Acredito que todos, mas principalmente nós, jovens cursilhistas, devemos ter uma posição firme diante de fatos assim, que denigrem a imagem da nossa Igreja. Para começar, padres são pessoas normais, e como tal erram da mesma forma, e não nos cabe julgá-los. Isso se o que ocorre é realmente como contam. Além disso, há a questão da própria fé. Eu mesma discordo de algumas teorias da Igreja Católica, que não cabe aqui comentar, mas nem por isso permito que minha fé seja abalada. O maior sinal de que estamos no caminho certo não está em templos, nem mesmo em teorias ou dogmas. Devemos sim ter um eixo principal, uma espécie de guia, mas o grande sinal está na própria presença de Jesus em nosso dia-a-dia, não em grandes milagres, mas nos pequenos, que às vezes nem percebemos, como aquela viagem que foi adiada inesperadamente, aquele tombo que você sentiu que alguém te segurou, aquela prova que você não estudou e tirou nota boa, enfim, em fatos que acontecem e são simplesmente sinais da presença de Jesus em nosso meio.

Assim, ao invés de nos abalarmos por aquilo que ouvimos, vamos nos fortalecer por aquilo que vivemos.


Abraços Decolores a todos!


 
Ana Cristina Oliveira Soares
Grupo PARACAJU - Pará de Minas
27º Cursilho Jovem Feminino da Diocese de Divinópolis

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minha vida depois dos três dias de Cursilho


Lembro-me bem quando encontrando com D. Cristiano na Rua São Paulo, perguntei-lhe o que era o Cursilho de Cristandade...
Eu havia lido na “Coluna Social” de um jornal de Belo Horizonte que uma das grandes damas da referida coluna estava participando de um Cursilho de Cristandade.

D. Cristiano estava chegando de Araxá onde fora conhecer o nosso Movimento. Respondeu-me que era um curso muito importante para leigos e que brevemente eu iria conhecê-lo também. Meu colega, Mário Cecílio, fora seu companheiro de grupo e mandou-me uma carta, falando da felicidade de ter participado do cursilho e de ter conhecido D. Cristiano. Disse ainda que meu dia estava próximo!!!
E no dia 15 de abril de 1970 estava começando o 5º Cursilho Feminino da Arquidiocese de Belo Horizonte. O meu Cursilho!!!
Seria desnecessário dizer tudo de bom que o Cursilho me trouxe. No encerramento, no Salão Paroquial da Igreja da Boa Viagem, tive a audácia de parodiar Pio XII. Dias antes eu havia lido um livro do grande Papa sobre “Os problemas do mundo moderno”.
Falando aos cientistas ele disse: “quanto mais a ciência avança tanto mais descobre Deus, como se ELE estivesse vigiando a espera, por detrás de cada porta que a ciência abre”. Foi o que senti no meu Cursilho. Cada “rollo”, cada mensagem era uma porta que se abria para mim, mostrando-me minha missão de cristã.
E desde aquele abril de 1970 minha vida com altos e baixos, com minhas virtudes e meus defeitos tomou outro rumo. Tive coragem para tomar decisões importantes em busca da aceitação da vontade de Deus. E hoje, eu sei que se caminhar segundo Sua vontade, eu o encontrarei à minha espera atrás de uma porta.
Drª Eliza
Divinópolis

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ação: Gesto importante no 4º dia!

“Hoje conheço a verdade e posso lhes afirmar: nada neste mundo conseguirá emudecer a minha voz e deter o meu passo. Podem vir as angústias, a fome e todos os perigos, até a espada, nada me impedirá de servir o SENHOR JESUS, meu e nosso DEUS!
São Paulo.

Quando temos uma experiência forte com Deus, como temos no Cursilho, nossos corações se enchem de esperança e vontade de anunciar a fé que sentimos, que de tão forte só pode ser transmitida por meio de ações, porque apenas palavras não explicam esse sentimento de estar tão próximos de Deus e compartilhar da Sua alegria! Deus espera de nós a propagação da Sua Palavra. Assim como Paulo, que depois de sua conversão se dispôs a levar o amor de Deus a todos que necessitavam de Sua Palavra, a nós também cabe essa tarefa. É por isso que saímos do Cursilho com o coração cheio do Espírito Santo, para que, iluminados por Deus, possamos anunciar a todos o motivo da nossa conversão.

Como Paulo também tinha consciência de que a sua missão não seria fácil, também nós devemos saber que a luta será longa e que podemos encontrar dificuldades no caminho. Mas tudo aquilo que fazemos em nome de Deus é garantia de resultados maravilhosos. Temos exemplos desses resultados obtidos pelos vários Cursilhos da Diocese de Divinópolis que sempre rendem frutos à comunidade, como grupos de jovens e ações influenciadas pelo carisma do Movimento de Cursilhos.
Que Deus continue nos iluminando para que cada vez mais possamos crescer no Seu amor e termos consciência da importância da nossa missão de sermos evangelizadores!



Caroline M. dos Santos
Grupo Paracaju – Pará de Minas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reunião de Grupo

Normalmente uma reunião de grupo deve começar com uma oração, tendo em vista todos os anseios do grupo e do motivo principal em que todos se encontram. Depois coloca-se o tema. Este deve ter no mínimo um embasamento textual, sendo ele aleatório ou bíblico. Discute-se, apresenta-se uma dinâmica, algumas propostas concretas e num final de uma ou duas horas todos estão de mãos dadas fazendo a oração final – ponto.

Alguns podem sugerir outras formas de reuniões, mas dentro das várias reuniões de grupo que já presenciei dentro do MCC, esta seqüência foi a que mais encontrei. Já vi grupos rezando o terço, já vi reuniões somente para discutir como fazer reuniões, ou para discutir problemas do grupo, e outras apenas com o objetivo de partilhar os problemas da vida. Já reuni, também, várias vezes para planejar reuniões e estas com um seguimento parecido com o que já mencionei.

Mas por que as pessoas se reúnem. Numa empresa, por exemplo, eu não vejo outro motivo senão para ajustar algo que anda errado ou para discutir novos desafios ou problemas. Estas ocorrem com horário marcado, às vezes de última hora, nem sempre são com freqüência programada e normalmente não se discute assuntos particulares. Numa esquina, as reuniões são por acaso e são conversas rápidas e sem muita importância... As vezes dão muito prazer pois não geram compromissos! O mesmo ocorre nas reuniões familiares...

E na igreja, nos movimentos como no Cursilho? Qual é o verdadeiro objetivo da reunião? Todos estão ligados a este objetivo? Por que reunir? Pra que reunir?

A reunião de grupo é um detalhe muito importante dentro do MCC. Mas por que é importante? O que realmente se espera de uma reunião de grupo?

Recentemente fui a Pará de Minas e participei de uma reunião de grupo. Não foi do Cursilho, mas de pessoas cursilhistas. Fazendo minhas contas, já tem mais ou menos uns 23 anos que participo de reuniões de grupo e uns 15 somente no cursilho. Esta que participei em Pará de Minas me chamou muita atenção. Eu já havia participado de muitas maravilhosas e interessantes reuniões de grupo. Reuniões criativas, reuniões que realmente nos envolvesse, mas esta trouxe algo de extraordinário. Esta me mostrou realmente o motivo pelo qual devemos ter reuniões de grupo. Eu pude sentir, verdadeiramente, o sentido de se reunir. O tema, os textos propostos, a partilha, a profundidade com que cada um, sem exceção, expôs as suas opiniões, foi algo simplesmente extraordinário. Sair de uma reunião ansioso por uma próxima, foi uma experiência marcante. A amizade cristã que envolveu cada um foi algo indescritível.

Entrega, cumplicidade, troca de experiência, não somente de vida, mas de conteúdo existente no íntimo do ser. Tornar-se transparente, tornar-se vazio de tudo o que pensa e ao mesmo tempo cheio de grandes palavras! Não teve quem transmitisse um assunto, teve um assunto e todos buscando a informação conjunto num só pensar... A busca pelo pensar do outro era algo inusitado. O brilho no olhar de quem falava mostrava a profundeza de onde vinha a informação. Ninguém preparou a reunião. Ninguém levou uma informação, ninguém foi o coordenador da reunião... o conhecimento foi criado por todos. A busca da melhor informação foi incessante e todos queriam chegar a um lugar... e esse lugar era mais profundo. Para buscar algo mais profundo, foi preciso abrir-se profundamente.

Agradeço a Deus por este momento e espero, sinceramente, poder participar novamente de uma verdadeira REUNIÃO DE GRUPO.

Augusto Eugênio
Divinópolis/Bom Despacho

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NOSSO “ ZÉ ”

Deus tem um jeito estranho de agir que deixa a gente meio que com cara de bobo.
Como pode escolher Moisés, um gago, para ser seu porta voz e libertar seu povo do Egito, ou então um menino chamado Davi a derrotar um gigante com nome que já dava medo só de pronunciar, Golias.
Chama Zaqueu, chama Mateus, chama Maria Madalena, chama João e Pedro, nomes comuns, pessoas comuns.
Deus tem sim esse jeito de estar no meio do povo, de abalar as estruturas com suas escolhas, de trocar a doçura do paraíso e nascer num curral e repousar numa manjedoura, de escolher Maria como Mãe e José como Pai. É, é isso mesmo, tinha um “Zé” no plano de salvação. Jesus um dia, no meio a um tumulto, pára todos e chama a atenção para “os lírios dos campos” , tão simples, tão belos e as vezes não são notados, não são valorizados. Deus mostra tanta beleza nessas pessoas simples, que nossos olhos não enxergam as dificuldades vividas por cada uma delas para responder ao chamado D´Ele.


É assim também com nosso “Zé”, ou se preferirem a formalidade, nosso José Antonio da Silva.
Com toda sua agitação é capaz de acalmar nossos ânimos.
Com toda sua capacidade em falar é capaz de calar-se e nos escutar nos momentos que necessitamos.
Com todo seu jeito explosivo é capaz de corrigir-nos com amor e delicadeza.
Com sua idade afronta a velhice e exalta a juventude. Tem aquele famoso “jogo de cintura” para lidar com situações delicadas, sabe conservar a unidade sem manter a uniformidade. O que todas as pessoas acima tem em comum é o SIM dado com amor a Deus.

No Plano de Salvação que Deus traçou para o Movimento de Cursilho em nossa Diocese, também temos um “Zé”, e queremos manifestar toda nossa gratidão ao bem que ele tem feito por nosso Movimento.
Te dizer “Zé”, que te amamos e vemos em você um escolhido por Deus para guiar nossos passos na caminhada de peregrino perante nosso Movimento. Você faz aniversário mas quem ganha o presente somos nós, seus amigos e irmãos, por Deus te conceder mais um ano de vida e de vida em Cristo.

Agradecemos a Deus por sua Vida e por Ele ter colocado em nosso caminho esse “lírio do campo”, nosso “Zé” que nos mostra todos os dias a beleza e o amor de Deus presentes em sua pessoa.

PARABÉNS DECOLORES !

Edílson S. Ribeiro
Divinópolis
Nesta sexta-feira, dia 04 de Setembro, nosso irmão Zé Antônio está completando mais um ano de vida...
Deixe seu recado para o Zé aqui embaixo nos comentários

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

68º Cursilho Masculino Adulto (27 a 30 de Agosto de 2009)

Em abril de 1.976, o saudoso P.e Raul Silva me procurou e me convidou para fazer o cursilho. Perguntei a ele o que era.
Ele me respondeu que era um encontro que aconteceria em Divinópolis, nas Obras Sociais da Diocese, mas que ele não saberia bem o que era, mas que era coisa boa.

Como o convite partiu de um sacerdote, não questionei mais nada e aceitei na hora. E no período de 14 a 17 de maio de 1.976, participava daquele 12º Cursilho masculino da Diocese de Divinópolis.
Mal sabia eu que este Cursilho ia fazer uma transformação radical na minha vida. Pois pude constatar as maravilhas que o cursilho proporciona, pude sentir naqueles dias o que Pedro, Tiago e João sentiram no Monte Tabor e também eu queria armar ali uma tenda. Mas Deus queria que voltasse e pudesse ser Igreja no coração do Mundo.
Entusiasmei-me tanto com a Igreja e com o Cursilho, que isto me custou uma transferencia de serviço de São Gonçalo para Pitangui, mas como Deus tem planos que a gente nem desconfia, esta transferencia me fez crescer ainda mais tanto profissionalmente como me enganjou ainda mais no Cursilho, pois pude conviver com irmãos maravilhosos naquela cidade ( são tantos que vou citar apenas 03 que foram marcantes em minha vida, os saudosos Padre Guerino, Waldemar Campos e Tasso Lacerda), e que proporcionaram a possibilidade de ser coordenador do Movimento naquela cidade.
Os anos foram passando e as convocações para trabalhar nos cursilhos surgindo não pela capacidade, mas pela minha fidelidade ao Movimento e pela benevolencia dos irmãos. Mas num pequeno período de minha vida afastei-me das atividades do movimento, mas o cursilho não afastava de mim, a saudade era tanta que eu queria voltar, mas pela minha pequenez tinha mêdo de não ser aceito novamente, até que um dia o querido amigo Fernando Novais, chegou com um convite para trabalhar na cozinha do Cursilho feito para os irmãos das casas de recuperação do vicio do alcool e das drogas, minha pequenez era tanta que disse ao Fernando que tinha medo de não ser aceito, quanta ignorância, mas a saudade dos irmãos era tanta que mesmo com medo vim participar das dinamicas, e como não poderia ser diferente fui recebido com o carinho de sempre, que alegria e que alivio quando Rafael Fernandes me abraçou e me disse da sua satisfação em me ver ali novamente- pude sentir como Deus é maravilhoso e rico em misericórdia pois eu era o retrato do filho que abandonara a casa e agora voltava.
Voltei com a mesma vontade de sempre, com ardor renovado, voltei a participar das reuniões de grupo, das ultreias, assumi a coordenação do SED em São Gonçalo, e com isto a participar também das atividades do GED, como as Assembléias dos encontros de liderança, das ultreyas Diocesanas,e ai os convites para trabalhar nos cursilhos também voltaram.
Fui então convocado de ultima hora para substituir o irmão Leonardo Baioneta no 67º cursilho masculino que seria o coordenador e fiquei então como base ficando a coordenação a cargo do querido irmão Antonio Cantor. E como fui base naquela oportunidade coube-me então a felicidade de Coordenar o 68º Cursilho masculino adulto de nossa diocese que foi realizado de 27 a 30 de agosto de 2009.


Que maravilha foi conviver neste cursilho com tantos irmãos queridos, a equipe da cozinha magnificamente coordenada pelo Acrisio e santamente espiritualizada pelo nosso irmão Rafael Fernandes, multiplicava-se em orações, a equipe interna tão entrosada e com tanta unidade que os trabalhos fluiam tranquilamente e nem precisavam de um coordenador, nosso irmão Marquinhos que foi o base verificava tudo e ficava tão perto de mim e me transmitia segurança.
Além da graça de poder contar com 02 Diretores Espirituais Frei Patricio e Padre Francisco que transmitiam paz,tranquilidade e segurança, além da colaboração do querido Padre Edmar e da visiata que tanto nos honrou de Padre Marcos, pároco de minha cidade, as alavancas vindas de diversas partes do mundo, abundantes em orações faziam com que o Espirito Santo abundasse de bençãos e graças os corações dos irmãos pois pudemos constatar através dos testemunhos dos neo- cursilhistas as transformações realizadas.
E para culminar, a recepção calorosa de todos que nos aguardavam e que nos proporcionaram momentos de rara beleza em nossa entrada alegre e festiva para encerrar com a Santa Missa, este que foi mais um marco em minha vida- o 68º Cursilho Masculino adulto da Diocese de Divinópolis.

Nosso patrono neste cursilho foi São José e como patrono das familias, nosso cursilho transformou-se numa verdadeira familia, unida num só próposito servir sempre a Deus, servindo aos irmãos.


Saudações De Colores

Osvaldo Batista

São Gonçalo do Pará