sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ou Santos ou Nada!!!



Longe da experiência vivencial de Deus, as coisas da religião, da fé, da espiritualidade permanecerão distantes do coração, da liberdade, do jeito de ser e próximas da bela teoria, da elegância das expressões, do encanto dos jogos linguísticos.

A pessoa cursilhista, o cristão cursilhista que conseguiu trilhar o caminho da experiência vivencial de Deus naquele Kairós, não atuará no mundo indiferente a sua responsabilidade de Evangelizar os Ambientes conforme o objetivo do Movimento.

Esta experiência o conduzirá a sua identidade: sou cristão, logo, sou missionário. Ser cristão-missionário foi atualizado no tema da Conferência de Aparecida: discípulo-missionário. Esta Conferência impostou claramente que a experiência com a pessoa de Jesus Messias-Deus faz o discípulo-missionário. Não é outro o caminho do Movimento de Cursilho de Cristandade. Ele quer oferecer, aos que se dispõem ao encontro, a experiência que os marcará e os impelirá à Evangelização dos Ambientes.

Não há dúvidas que esta experiência, com toda a realidade que envolve o ser humano, está submetida às ambiguidades próprias da nossa condição. Deve ser sempre julgada à luz do bom senso, do que é valor humano e cristão, enfim, à luz da fé em Deus Uno e Trino.

Karl Rahner, renomado teólogo católico, afirmou que “o Cristão do século XXI ou será místico ou não será cristão”. Em seguida, temendo ser mal entendido, acrescentou: Desde que não se entendam por mística fenômenos parapsicológicos raros, mas uma experiência de Deus autêntica, que brota do interior da existência”.

Ocorre, hoje, uma verdadeira degradação semântica do termo mística, associando-lhe a eventos absolutamente alheios a qualquer referência religiosa. Mística, do dicionário Aurélio, “é a firme crença numa doutrina religiosa, filosófica”. Misticismo é “um estado espiritual com o divino, o sobrenatural. Doutrina que afirma a possibilidade dessa união. Religiosidade profunda.”
 
A mística cristã caiu vítima do racionalismo dos nossos dias, sendo silenciada por pertencer ao departamento dos sentimentos, do subjetivo, da irracionalidade, do campo das emoções. Foi silenciada, ainda, por uma sociedade que está vazia de sentido e de valores, centrada no indivíduo, no prazer, na satisfação rápida dos desejos e no materialismo capitalista.

A mística cristã é um movimento que parece brotar de nossos desejos, de nossa busca de Deus, do esforço humano de querer encontrar-se com um Deus à nossa disposição. Entretanto, é justamente o contrário pois, conforme nos ensina São João da Cruz, “Deus nos amou primeiro”. No mesmo sentido, Sto. Agostinho diz que “só O buscamos porque já O encontramos”

A mística não é um perder-se me si mesmo, nem abraçar uma divindade qualquer, é experiência de Deus que se dá à criatura, um Deus que se dá a nós por puro amor, é justamente o encontro com a Pessoa Divina que vem até nós.

Devemos estar atentos a qualquer sussurro dessa presença para captar esse estar de Deus em nós.

O próprio Jesus teve vida mística, se mantendo íntimo do Pai, e em profunda comunhão com a sua vontade. Certamente, Jesus não dispensava a oração, que lhe proporcionava espaços de intimidade com o Pai. Porém não é somente a oração que torna o cristão místico, mas as práticas assumidas a partir da oração. Como diz em Tiago 2, 26, “Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.”

A mística cristã nos faz ir além de nós mesmos para nos lançarmos no compromisso por uma sociedade justa, fraterna e solidária. Ela nos conduz aos irmãos: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

A experiência mística mostra sua verdade no momento em que ela reflete em crescimento espiritual para aqueles que estão a nossa volta. A partir do momento em que experimentamos Deus profundamente, vivemos a mística cristã, somos capazes de doar a vida aos irmãos.

Peçamos a Deus, todos os dias, o dom e a graça de fazer da nossa vida, uma vivência contínua da mística cristã, pois somente assim encontraremos força para nossa vida pessoal e em comunidade. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz que conduz a vida” (Jo 8,12).      

Padre Carlos Henrique
Divinópolis

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

As Redes foram Lançadas...!!!

 
Não da mais pra voltar o barco esta em alto mar ....

Na margem de um lago e num dia ferial, enquanto as pessoas estão empenhadas nos seus trabalhos, Jesus senta-se na barca de Pedro e convida os discípulos a lançar as redes e a pescar...

O resultado é surpreendente, a quantidade de peixes capturada é enorme...

"Tendo conduzido os barcos para terra eles deixaram tudo e seguiram Jesus"(Lc5,11)..
  
Deus nos chama a avançar! Somos um povo que vive sob Senhorio de Jesus, alimenta-se da Palavra, proclama a Boa Nova e que é chamado a estar em estado permanente de missão. Um povo que confia no Seu Senhor, na Sua Palavra, e por isso, lança as redes mais uma vez.

Amigos, o comodismo é o que nos atrapalha de crescer. Nós nos acostumamos com as coisas do jeito que elas estão mesmo sabendo que poderia ser muito melhor. Muitos não se importam em crescer, evoluir, aprender… e simplesmente param no tempo, porque não QUEREM, ou têm MEDO de passar por mudanças transformações... Como todos sabem Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos fazer nossas escolhas, e muitos então fazem a escolha de ficar parado…

Aconteceu com o apóstolo Pedro. Quando ele foi chamado por Jesus a ser seu discípulo, tinha acabado de voltar de sua costumeira pescaria, mas desta vez com as redes vazias, apesar de uma noite inteira de trabalho. Quem sabe que raiva levava consigo! A mesma de tantos nossos jovens, eu penso. Numa hora tão decepcionante e desoladora, porém, acende-se uma lâmpada de esperança, através do convite de Jesus que diz: “Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4). Foi necessário que o bom Simão lançasse outra rede para águas mais profundas, a da própria existência: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens! (Lc 5,10), disse-lhe Jesus. 

O nosso “barco”, com tudo aquilo que leva dentro: afetos, ideais, sonhos, conquistas e até derrotas, não pode ficar estacionado á beira-mar, correndo assim o risco do apodrecimento. “Apesar de suas redes vazias, Deus ainda precisa dos jovens, porque o mundo precisa de Deus”.

Nosso encontro no ultimo Domingo dia 07 de agosto, teve essa proposta de encorajar nossa juventude a avançar sem medo.

Padre Carlos Henrique nos deu a sementinha que regamos muitos dias para que ela pudesse vingar e esse encontro foi só o adubo só uma força a mais, queremos mais quando podemos dar mais.

Falo porque eu vi nesse encontro que eu posso dar mais do que estou dando ao movimento, ao meu Jesus. Quem imaginaria que conseguiríamos juntar 130 jovens para uma proposta de trabalho tão linda. 

È com essa alegria meus irmão que espero q levemos o nome desse Deus infinito e maravilhoso um homem que nos da coragem força e nos obrigada a darmos mais porque ele nos fez mais. 

Obrigada pela presença te todos ficamos infinitamente felizes de ver tanta gente. 

Obrigada por fazer a diferença que Deus nos abençoe e nos dê muita força para seguirmos em fretes e avançarmos cada vez mais em águas mais profundas.


Cindele Rabelo
Carmo do Cajuru

        

terça-feira, 9 de agosto de 2011

EVANGELIZAR É A META DO CURSILHO


ANO I – Número 01 – Agosto de 2011

Toda organização, clube, associação ou movimento eclesial, tem sua finalidade própria, que é o objetivo da sua existência. Esta finalidade própria é o que define a organização, é o carisma, que não permite que uma entidade se confunda com a outra. 

No Movimento de Cursilhos, na própria definição está claro qual é o carisma e como este objetivo deverá ser atingido. A definição é esta: “O Movimento de Cursilhos é um movimento eclesial que, por meio de método próprio, facilita a vivência e a convivência do fundamental cristão, ajuda a descobrir e a realizar a vocação pessoal, criando núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes”.

Então, fermentar de evangelho os ambientes é a meta, e o meio, a maneira, é “criando núcleos de cristão”. Para evangelizar ambientes, ou seja, para difundir os critérios e valores evangélicos nos lugares onde estamos, seja na família, no trabalho, no lazer, o MCC tem um método próprio. 

Este método de evangelizar é por meio de núcleos de cristãos, que a CNBB cita no Doc 62, no número 121, denominando de “pequenas comunidades de fé nos ambientes”. Então percebemos que o MCC caminha com a Igreja, que quer evangelizar os ambientes onde se tomam decisões importantes sobre a vida do homem e da mulher, por meio de um método que envolva o cristão em grupo, na verdade por meio de uma rede de pequenas comunidades de fé nos ambientes. 

Para isso, sugere o Grupo Executivo Nacional em suas Assembleias Nacional e Regionais, que devemos ir além das comunidades territoriais ou geográficas, quando estas se preocupam com visitas missionárias domiciliares, reza do terço, leitura do Evangelho, etc. Estas são iniciativas altamente positivas, mas que denotam, apenas, a ação numa pastoral de conservação. Não se atinge, via de regra, a praticar uma pastoral de transformação, que é a meta do Cursilho. 

Por isso o MCC quer que perguntemos aos nossos grupos se na prática estamos trabalhando na evangelização por meio da transformação ambiental, revertendo os casos de injustiça, desamor e de “guerra” existente entre os que convivem nos nossos ambientes. 

Com esta transformação ambiental, ou dizendo de outra forma, com esta evangelização ambiental, estaremos dando cumprimento ao carisma do MCC, sendo fiéis portanto, aos objetivos que definem o Movimento de Cursilhos. 

Núcleos de Comunidades Ambientais (NCA), ou “Pequenas Comunidades de Fé nos Ambientes”, são sem sombra de dúvidas um dos instrumentos de evangelização para o mundo de hoje e o que o MCC abraçou. 

            Na prática, tais comunidades são grupos de cristãos do mesmo ambiente ou área de atividade humana, que comprometidos pelo Batismo com o Plano de Deus, com seu Reino e com o seguimento de Jesus, assumem sua vocação por meio de sua presença marcante de verdadeiros cristãos neste ambiente. A ação que caracteriza o trabalho desta Pequena Comunidade de Fé se caracteriza por ser uma ação transformadora, agindo a semelhança do fermento transformador. Sugere o MCC Nacional que o primeiro passo a ser dado para formar uma Pequena Comunidade Ambiental é a priorização dos ambientes, como as áreas da Educação, Saúde, Justiça, Funcionalismo, Indústria, Política, Mundo do trabalho em geral e da Cultura. São estimulados, os cursilhistas destes ambientes prioritários, a se organizem em comunidades, e uma vez organizada, definem a freqüência, local e outros detalhes das reuniões, cujo objetivo é o crescimento pessoal e o estudo daquele ambiente específico, para então promoverem a transformação segundo os critérios evangélicos. Sugere-se que se faça de maneira humilde, discreta e aberta, para que o grupo não seja  “marcado”, o que prejudica a ação transformadora cuja evangelização ambiental se propõe. 

            A reunião da pequena comunidade ou também chamado de núcleo ambiental, propicia um clima de amizade fraterna, de oração, de reflexão da Palavra de Deus e conseqüentemente uma vivência comunitária de uma espiritualidade encarnada. O fundamental é a presença-testemunho. 

Então, vamos arregaçar as mangas e evangelizar por meio de Núcleos de Comunidades Ambientais ou das Pequenas Comunidades de Fé nos Ambientes, o que significa colocar em prática o que vimos lá no nosso Cursilho durante o último dia, no domingo.   

            Com este pequeno roteiro, que vamos chamar de Alavanca !!!, queremos que você possa dar o primeiro passo no ambiente onde você está inserido. Reúna os cursilhistas que estão neste ambiente e procure ao menos uma vez por semana se reunir para um pequeno momento de oração/reflexão/evangelização. 

Faça a diferença, CRISTO CONTA COM VOCÊ!

Trocando idéias: 
 0 1 - Como estamos vivendo o 4º Dia?
0 2 - Como podemos ser testemunha de Cristo aqui neste ambiente onde estamos?
0 3 -  Qual o nosso compromisso para esta semana?


PARA VOCÊ REZAR:

07/08  Mt 14,22-31
08/08  Mt 17,22-27
09/08  Mt 18,1-5.10.12-14
10/08  Jo 12,24-26
11/08  Mt 18,21-19,1
12/08  Mt 19,3-12
13/08  Mt 19,13-15

  

EM DIA COM O MOVIMENTO:  

ASSEMBLÉIA REGIONAL DO MCC EM DIVINÓPÓLIS: No último dia 21 de julho, nosso GED recebeu a visita de representantes do GER (Grupo Executivo Regional) em preparação para a Assembléia Regional do Movimento de Cusilho que acontecerá na nossa Casa de Retiros Monsenhor Hilton de 16 a 18 de setembro de 2011. Estaremos recebendo de braços abertos os cursilhistas das seguintes Dioceses: Patos de Minas, Curvelo, Uberlândia, Uberaba, Ituiutaba, Luz(Formiga), Oliveira (Perdões), Guaxupé, Belo Horizonte, Sete Lagoas, Governador Valadares, além de representantes do GEN (Grupo Executivo Nacional).


Faça sua experiencia! Leve este texto para o seu ambiente essa semana: No seu trabalho, no barzinho com os amigos, em casa, na faculdade...

Assuma esta proposta, discuta este texto, as perguntas
e comente aqui no Blog Alavanca!
Semana que vem tem mais!!!

Padre Carlos Henrique
Divinópolis-MG


(Proposta de Evangelização Ambiental assumida no ultimo Encontro de Pós Cursilho, dia 07/08/2011, Carmo do Cajuru)