quinta-feira, 28 de julho de 2011

Senhor fazei de mim um instrumento de Vossa paz!

Se permitir ser instrumento nas mãos de Deus nem sempre é uma tarefa fácil... é preciso se abandonar a vontade do Pai, para que ele faça o que quiser, para que Ele toque e o som a ser produzido seja afinado à Sua vontade.

Desde o dia do convite para coordenar o 29º Cursilho Jovem Feminino eu não tive dúvidas que São Francisco seria o padroeiro a nos ajudar ser instrumento de Deus na vida das nossas meninas. Seu exemplo de amor ao próximo, a natureza, a vida nos faz refletir hoje o nosso próprio amor, e principalmente o amor a Jesus pois como dizia o irmão Francisco: “O amor não é amado!” tornar o amor amado é a nossa missão! Reconstruir a igreja de carne, igreja de sentimentos, igreja que muitas vezes está em ruínas...

O Cursilho foi uma experiência única do amor de Deus! Podíamos ver a incerteza e o medo no rosto de cada uma ao recepcioná-las na quinta feira, mas pouco a pouco Jesus prepara o terreno, lança as redes e faz sentir segura.... Deus nos mostrou como nos ama! Isso pode ser notado em cada sorriso e cada olhar! Ele nos acolheu... nos deu seu colo, nos deu sua mão e nos mostrou o caminho... Foi maravilhoso entrar no íntimo do seu coração! E o mais bonito é que Ele em sua suprema divindade nos faz ser pessoa... que sabe que a nossa missão é aqui fora... e com seu amor podemos ser realmente Evangelizadoras!  

Formamos agora, após encerrado o cursilho uma orquestra onde Deus é quem nos rege! Deus é um grande artista e, como artista misericordioso que É, Ele usa pessoas para a Sua obra. 

Cada um é um instrumento nas mãos de Deus, e todos têm a mesma importância para Ele. Nenhum instrumento é mais importante do que outro: todos contribuem para a obra;

Por isso, assim como todas as neo cursilhistas e toda equipe do 29º Cursilho Jovem Feminino, Deus te convida a se entregar em Suas mãos, e a partir Dele ser extraído de ti o mais sublime som que alguém possa produzir... o som da alma!

 
Seja Instrumento de Deus!!!

Liliane
Pará de Minas
Coordenadora do 29º Cursilho Jovem Feminino

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A maior experiência do amor de Deus em minha vida!


Estou me referindo ao 29º cursilho masculino jovem da Diocese de Divinópolis.

Ficava imaginando como seria vivenciar o 29º e hoje posso dizer: foi maravilhoso, algo fantástico, a maior experiência do amor de Deus em minha vida.

Antes do cursilho acontecer, ficava me perguntando:

“- O que eu tenho a oferecer àqueles jovens que lá estarão?”

E a resposta sempre vinha que eu era pequeno demais para poder oferecer algo àqueles jovens que lá estariam.
Porém chegou o tão sonhado dia, o dia 07/07/2011, onde daríamos início ao 29º Cursilho Jovem Masculino. Acordei como se fosse explodir de tanta ansiedade e, como temos o costume de passar na capela do Santíssimo todos os dias, aquele dia não podia ser diferente. Ao chegar na capela do Santíssimo e ler o evangelho do dia, meu questionamento aumentou, pois o evangelho daquele dia  dizia:

“Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão”.

Logo eu que havia preparado “mil e uma” coisas para levar para aquele cursilho, ouvia Jesus me dizer para não levar nada, e foi assim que fui para casa de retiros.

O dia foi passando e tudo acontecendo naturalmente, eu sempre a perguntar: Por que eu? O que posso oferecer? 

Foi quando chegou o sábado, eu ali na frente de Jesus sacramentado pude entender tudo que se passava. Da mesma maneira que Jesus usou aquele jumentinho para entrar em Jerusalém,  Ele usava, naquele cursilho, um outro jumentinho, talvez até menor do que aquele usado em Jerusalém.  Era  aquele jumentinho chamado Dirceu que Ele queria usar para preparar todo o 29º, para que Ele pudesse chegar ao coração daqueles jovens. Um jumentinho que não tinha nada a oferecer, mas que tinha feito tudo com o maior amor do mundo e que naquele momento O carregava com esse mesmo amor. 

Foi assim que entendi que não é preciso levar nada, mas simplesmente fazer com amor! E era o que eu havia feito.

Quando chegou o domingo, logo de manhã, pude ver o evangelho do dia que falava do semeador. E a certeza de que tudo havia sido preparado não pelo jumentinho, mas por Aquele que estava em cima do jumentinho, pois tudo era divino, algo mágico que estava acontecendo em minha vida e eu não sabia como explicar.
Simplesmente podia dizer: 

O 29º Cursilho Masculino Jovem da Diocese de Divinópolis foi a maior experiência de Deus em minha vida.


Dirceu Rodrigues
Antunes - MG
Coordenador do 29º Cursilho Jovem Masculino 
Diocese de Divinópolis

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Namorar é tempo de quê?

O namoro é uma experiência única e vivamente enriquecedora. Com ele muitos se empolgam e não poucos o procuram com ansiedade e o esperam com inúmeras expectativas. Ele ajuda o ser a colocar para fora o que tem de melhor, também o ensinando a bem acolher o que de bom o outro pode oferecer. Enfim, tal relacionamento se constitui como experiência singular e rica de ensinamento. Contudo, ele pode também se tornar traumático e confuso se não for experienciado com o devido tempero e maturidade.
Maturidade para ganhar e perder, para dar e receber… Quem entra em um namoro querendo somente ganhar já começou a perder. Esse relacionamento não poderá, de fato, acontecer se desde o seu início nele não existir um sentido de entrega e doação em favor do bem do outro. Sem o respeito, que nos faz compreender que o outro não é um "poço encantado" onde satisfazemos todos os nossos prazeres egoístas, o namoro não poderá se solidificar, ficando assim impedido de lançar as bases para um relacionamento estável – feliz – e duradouro.
O namoro é, com exatidão, um tempo de conhecimento e interação mútua. E é necessário que seja assim. É tempo de crises, de deparar-se com as diferenças que constituem "um outro" que não sou eu, e que por isso não pode ser por mim manipulado (alienado). Quem não emprega tempo e energias neste processo de conhecer, deixando-se conhecer, acabará colocando o futuro do relacionamento na rota do fracasso e de uma ampla "irrealização".
Namoro sem crise, sem conhecimento e confronto de diferenças tende a se tornar – ainda que disfarçadamente – um esconderijo de múltiplas formas de superficialidade e descompromisso. Quem não faz a experiência de realmente conhecer a quem namora no seu melhor e pior – encantando-se e decepcionando-se – correrá o sério risco de não suportar a dureza manifestada pelo real, depois do casamento já concretizado.
Quem, no tempo de namoro, conhece somente o "corpo" (do outro) e não a "pessoa" por inteiro poderá, em qualquer alvorecer, deparar-se com a infeliz descoberta de que se casou com um (a) desconhecido.

Namoro é o momento de entrar em crise e dela juntos sair. É tempo de brigar e reconciliar-se, é tempo de não representar. Quem assume esse relacionamento acreditando "ser de vidro" – não resistente ao impacto do cotidiano – não entendeu o que significa amar e ser amado e quais são as exigências que brotam deste ofício.
Confronto de diferenças não é sinônimo de desamor, mas de autenticidade. Estacionar nas diferenças, permitindo que estas ditem definitivamente as regras da relação é, sim, o sinal do desamor em estado de constante vitória. Este encontro – que em momentos "desencontra" – oferecido pelo namoro é um momento único e determinante para o futuro do casal e da família. Por isso, precisa ser bem vivido e digerido com respeito e autodoação que desafiem a atual lógica utilitarista, que cada vez mais fabrica centenas de uniões fragmentadas e inexistentes (apenas aparentes).
Com as bases solidificadas em uma madura compreensão do que seja o amor – protaganismo de identidades e não ensaio de representações… – o namoro poderá crescer e se tornar, de fato, o fundamento para o futuro de uma família verdadeiramente feliz e centrada no essencial da vida.

Diácono Adriano Zandoná
Fonte: www.cançãonova.com