segunda-feira, 31 de maio de 2010

Chave para a Felicidade e o Sucesso

Tem uma lei que é a chave pra felicidade; amar ao próximo e a Deus como a te mesmo. Quando conseguimos compreender esta lei, as demais são desdobramento dela.

Agora, para todo o planejamento, a base precisa ser sólida, pois assim como numa construção de um barraco, se a base for consistente, pode ser o início da construção de um castelo.

Acho que pensar pequeno seja uma chave para o sucesso e a felicidade, pois o que passar do esperado é visto como vantagem; lucro. Já quando pulamos etapas, ai corremos o risco de nos frustrarmos, ai mora a infelicidade. 
Pensar pequeno não é sinônimo de ser pequeno e tão pouco não querer o grande, mas é um caminho onde as adversidades são menores e os obstáculos engrandecedores.

Rodney, silvan Souza Pereira

terça-feira, 25 de maio de 2010

E você, também é filho da Igreja?

No ano de 2007, recebi um grande presente de Deus. Tive a oportunidade de ir ao encontro com o Papa Bento XVI em São Paulo, na ocasião de sua visita ao Brasil. Foram cinco dias de muitas alegrias, aprendizado e comunhão com o líder de nossa Igreja e muitos jovens de nossa diocese e de todo o país. Porém, apesar de ter presenciado tantas maravilhas naqueles dias, como as palavras do papa, sua bencão, os momentos de espiritualidade e as novas amizades, houve um momento que me marcou profundamente. A caminho de São Paulo, para o encontro no Pacaembu, muitos jovens dentro do ônibus cantavam, louvavam a Deus e se divertiam. Eu, porém, estava retraído, era o único de Pará de Minas e ainda não conhecia ninguém. Em determinado momento, a música parou e um dos jovens se voltando para mim perguntou em alto e bom tom: "E você aí, também é filho da Igreja?” Naquela hora eu disse, meio de estalo:“Sim!”E eles continuaram cantando normalmente. Aquela pergunta ressoou eu minha alma por muito tempo, algo simples, mesmo em meio a tantos eventos grandiosos produziu frutos em mim. O próprio Cristo me indagava neste dia e me chamava: “Vem e segue-me”. Ele age nas coisas simples, de maneira sutil sussurra Seu amor aos nossos ouvidos, basta calar o coracão e se entregar.

Acredito que o momento que a Igreja atravessa atualmente, no Brasil e em todo o mundo, é propício para discutirmos algo intrínseco à realidade de qualquer cristão católico: “Somos mesmo, filhos da Igreja”? Em momentos de alegria e júbilo da Igreja, como, por exemplo a visita do papa, é fácil se declarar católico. Quando a grandeza do Senhor se revela nas belas celebracões, nos grandes feitos e momentos da Igreja se torna simples ser católico. Mas, e durante as tribulacões? Como nos portamos? Como, diante de tantas denúncias de abusos sexuais e pedofilia dentro da própria Igreja, nos posicionamos? Certa vez, ouvi um padre dizer que a Igreja não é self-service. É verdade, não podemos escolher alguns alimentos, em detrimento dos que não agradam tanto o paladar, como em um restaurante. Quando abracamos a proposta missionária do Cristo abracamos sim as suas bencãos, sua missão e sua verdade, mas também abracamos as perseguicões e limitacões de sua Igreja. Somos seus filhos na glória e na dor!

Casos tão delicados não são exclusividade da Igreja. Em todos os setores da sociedade ocorrem crimes de abusos sexuais contra menores. Em escolas, clínicas, igrejas, mas principalmente no silêncio da vida familiar. Nossa luta não é contra a Igreja, nossa luta é contra pedófilos. E esse momento de conscientizacão é importante. Mas, faz sentido falar em conscientizacão contra a pedofilia? Sim. Apesar de essa acão ser absolutamente repugnante, muitos desses casos ainda são encobertos pela omissão dos abusados ou de pessoas intimidadas pelos criminosos. Uma campanha como essa tem como foco incutir na mente das pessoas que a denúncia é a decisão certa.

Como filhos da Igreja, queremos a justica, seja dentro ou fora da Igreja. Porém, toda polêmica que envolva o “mundo eclesial” toma proporcões maiores e às vezes distorcidas. Evidentemente isso não justifica em qualquer momento esses crimes, pelo contrário, acentua a vontade de extirpar esse mal, por parte dos “verdadeiros filhos da Igreja” que clamam sem cessar em cada Pai-nosso: “Livrai-nos do mal”.

Oremos.

Oremos pela nossa Igreja e de forma especial pelos sacerdotes. A santidade de nossos pastores também depende das oracoes da comunidade, então assumamos nossa filiacão de forma consciente e decisiva, a fim de respondermos: “Sim, sou filho da Igreja, na glória e na dor”.


Luiz Gustavo
Pará de Minas

sábado, 22 de maio de 2010

PENTECOSTES: “CRESCER EM MATURIDADE EM CRISTO.”


Após um longo período de preparação, o qual chamamos de “Quaresma” (cf. Dt 2,1-71; Mt 4,1-11), celebramos a maior festividade da religião cristã: a Páscoa (cf. Ex 12,-26; Lc 24,1-12), a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, sobre o mal, sobre o pecado!


A Páscoa tornou-se um marco religioso quando os hebreus foram libertos por Javé, através de Moises, da escravidão do Egito (cf. Ex 12,1-14): “ Quando seus filhos perguntarem: “Que rito é este? Vocês responderão: É o sacrifício da Páscoa de Javé. Ele passou no Egito junto às casas dos filhos de Israel... (cf. Ex. 12,26-27), uma aliança precedida de uma refeição e compromisso (cf. Dt 26,5-10).

A Quaresma não é apenas “quarentena” adjetivo adivindo do número “40”, um tempo cronológico, mas quer dizer sempre, constante, diário, a vida toda! O seu inicio destaca-se a reflexão sobre a breviedade da nossa existência (cf. Gn 3,19; Ecle 3;20) estendido por oração, jejum e penitência (cf. Joel 2,12-17;Mt 6,5-8), “e o homem encontra-se pois, dividido em si mesmo. E assim toda a vida humana, quer singular, quer coletiva,apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, a luz e as trevas. Mais: o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um se sente como que preso por cadeias. Mas o Senhor em pessoa veio para libertar e fortalecer o homem.” (cf. Guadium Spes 13).

Passados os exercícios da Quaresma, pelos quais nos preparamos para a Celebração da Ressurreição do Senhor, entramos no Tempo Pascal, tempo de alegria e exultação pela nova vida, que o Senhor Jesus nos conquistou pagando, com sua entrega na cruz, o alto preço de nosso resgate. Todo Tempo Pascal, que se estende por 7 semanas até a festa de PENTECOSTES, é marcado não apenas nos domingos, mas também durante os outros dias da semana,pelos textos dos Atos dos Apóstolos (At) e do Evangelho de São João (Jo).

As cores litúrgicas são o branco (símbolo da pureza, da alegria;afinal estamos limpos do pecado) e amarelo (símbolo da renovação, vitória, glória, realeza) e a presença do Círio Pascal, símbolo marcante de Cristo, coluna de luz que vai a frente do seu povo.

PENTECOSTES, o “qüinquagésimo dia” (50), é uma das celebrações importantes do calendário cristão, e comemora a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos de Cristo, acontece 50 dias após a celebração da Páscoa, ocorre no décimo dia após o dia da Ascensão. Esta festividade, primeiramente comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai ou Horeb, cinqüenta dias após a Páscoa (Passagem) o Êxodo, uma festividade judaica a partir da apresentação, oferecida dos primeiros frutos da terra (cf.Ex 23,14-17,Ex 34,18-23 Lv 23,9-14) após sua libertação do Egito,tendo vários nomes: Festa das Colheitas (cf. Ex 23,16) Festa das Semanas (cf. Dt 34,22,Nm 28,26, Dt 16,10) Festa das Primícias dos Frutos (cf. Nm 28,26).

Para os cristãos, o Pentecostes celebra a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Jesus Cristo, durante esta celebração judaica. Por isso,o dia de Pentecostes é considerado o dia do nascimento da Igreja.

Enquanto a Páscoa era uma festividade familiar, o Pentecostes uma celebração agrícola , realizada nos campos, lugar onde se cultivava o trigo, a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente essa celebração foi transferida para os lugares de culto, particularmente,o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam com clareza, a ordem de culto,mas é possível citar alguns pontos dessa liturgia:

A cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (cf. Dt 16,9) oferecendo a Javé, a devida honra as primícias da terra (cf. Lv 23,9-14), prosseguida com peregrinação para o local de culto (cf. Ex 23,17) seguido com a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e estrangeiros (cf. Dt 16,11), não podia trabalhar durante aqueles dias, pois eram dias festivos, período solene e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (cf. Lv 23,21). Além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos. (cf. Dt, 16,12).

PENTECOSTES CRISTÃO:

A Palavra de Deus e o seu Sopro estão na origem do ser humano e da vida de toda criatura. (cf. Gn1,2/Sl 33,6/Sl 104,30). Desde o inicio,o Espirito de Deus,prepara o tempo do Messias, e os Dois (Deus Filho e Deus Espírito Santo) sem serem revelados, já prometidos a fim de serem revelados, já prometidos a fim de serem esperados e acolhidos, quando se manifestarem. (cf. CIC).

No Primeiro Testamento há várias promessas a respeito do Espírito Santo (cf. Ez 11,19-21/Ez 36,23-28/Ez39,29/Jl 3,1-2) e o seu cumprimento (cf. Jl 3,1-2-At 2,1-13/Jo 20,23/Rm5,5).

Sua manifestação mesmo temporária se deu através dos fenômenos da natureza: o Sopro/Vento (cf. Gn 1,2/Gn 1,7/ 1Rs 19,8-12/Jó 33,4/ Jo 20,22-23) o Fogo (cf. Mt 3,11/At 2,2-3), a água (cf.Is 44,1-5/Jo 7,37-39) a nuvem/sombra (cf. Ex 24,15-18/ Ex 33,9-10/Ex 40,34-38/Lc 1,35-38) e por fim a pomba (cf. Gn /Jo 1,32/Lc 3,21-23) lembrando que este símbolo remente a Torah do judeus. Para muitos exegetas a unção também remete ao Espírito Santo (cf. Ex 30,22-31/1Sm 16,1-13) símbolo este que Cristo nos marcou, selou com seu sangue e Espírito (cf. Jo 6,27/2Cor 1,21-22/ Ef 1-13/Ef 4,30). Todo Evangelho há a presença do Espírito Santo, sua presença se torna definitiva, quando Cristo é glorificado (cf. Jo 19,30).

Jesus se revela como Ungido (cf. Is 61,1-3/Mq 3,8/ Lc 4,16-21)) e promete o Defensor, o Paralacto (cf. Lc 24,49/Jo 14,15-21/Jo 14,25-29/Jo 15,26-27).

O Espirito Santo veio para unificar a linguagem humana (cf. Gn 11,1-9/1 Cor 14,9-11) auxiliar o ser humano em sua vida,concede dons gratuitamente (cf.Rm 11,29) há diversidade entre eles (cf.Rm 12,3-8/1 Cor 12,1-11), o seus frutos (cf. Gl 5,22-26) porém esquecemos do maior DOM (cf. Jo 15,1-17/1 Cor 13,1-13).

Somos o seu Templo (cf. 1 Cor 3,16) sua morada; e ninguém pode possui-lo, ninguém é seu dono (cf.Jo 3,1-15) e só o temos porque Ele o quer (cf. Zc 4,6). Temos a responsabilidade de recebe-lo e frutificar estes dons e talentos (cf. Mt 25,14-30/1Pd 4,10) e muitas vezes o entristecemos (cf. Ef 4,30/1Ts 5,19/1Tm1,3-7/1Tm 4,1-5/ Gl 5,16-21) e simplesmente Ele não atua, não se manifesta onde há divisão entre as pessoas (cf. 1Cor 12;26).

Santa Terezinha do Menino Jesus no alerta que é preciso que o Espirito Santo seja a vida plena em nosso coração, e isso só é possível pela humildade e São Paulo Apóstolo afirma: que somos limitados, somo vasos de barro; “temos este tesouro em vasos de barro,para mostrar que este domr que a tudo excede provem de Deus e não de nós (cf. 2Cor 4,7).

O Espirito Santo vem em nosso socorro, em nosso auxilio,á nossa fraqueza (Rm 8,26) e convém lembrar o respeito que se deve a Ele (cf. Mc 3,28-30/1 Tm 4,2/1 Jo 5,16-17/Hb 10,26-31).

Com efeito, sabemos : a criação inteira geme ainda agora nas dores do parto, (cf. Rm 8,22),mas enviai o teu Sopro e eles serão criados e assim renovarei a face da terra (cf. Sl 104,30).

A todos Jesus nos dá este dom maior:

RECEBEI O ESPIRITO SANTO!
(cf. Jo 20,23).




GED de Divinópolis/MG

quinta-feira, 6 de maio de 2010

UM MÊS COM A MÃE...

Estamos no mês de Maio, o quinto mês do ano, conforme o calendário civil, um mês festivo que ressalta a sensibilidade, o feminino num clima agradável, aconchegante, sereno, é neste clima de paz, que nos primórdios da existência humana, houve a necessidade de um tempo para a reflexão, festas que preparam a terra para o cultivo, para a reprodução, a chegada de uma nova estação, como é caso da primavera na Europa. Conforme as festividades greco-romanas este mês havia a festividade das flores, das noivas, com o intuito de festejar o ciclo da vida, como também seus heróis, deuses e mitos, entre eles a da donzela Europa. Mas a festividade maior é aquela que remete a maternidade; embora sendo atualmente uma festa capitalista que esquece a realidade da mulher.

Mãe , uma palavra que ecoa a séculos, em diferentes épocas, e situações, mas o ao mesmo tempo amado, esperado e vivenciado... é neste mês que o mundo católico honra Maria como o seu mês. Por ser primavera na Europa, o berço do mundo ocidental, com o passar do tempo começaram a dedicar este mês à Maria, tem data histórica a partir da devoção de São Felipe de Néri (1515-1592) e oficialmente consagrado pelo Papa Paulo VI na Encíclica “Mense Maio” de 1965 devido às aparições de Fátima em 1917,daí a origem das ladainhas, coroações, andores, procissões, reza do terço,Oficio da Imaculada Conceição, promessas , círios...

Mas muitos podem pensar, porque remeter a maternidade à Virgem Maria? Isso é uma realidade profunda, já diria Jung . Ser Mãe, equivale a estágios, espera, dor, liberdade... O mundo atual esta fragmentado, ausente, do colo de mãe. A maternidade tão almejada por muitas mulheres como ressalta as Escrituras, Sara (cf. Gn 17,15/cf. Gn 18,9-15/ Gn 21,1-7) Raquel (cf Gn 30,22) Ana (cf. 1 Sm 1,1-28) e é claro Maria (cf. Lc, 1,26-38)... e esquecida por outras....

“O coração de uma Mãe, é a sala de aula de um filho” já dizia Bucker, e podemos notar como foi a educação de Jesus! Sem dúvida o papel maternal de Maria foi marcante na formação humana do menino Deus. A maneira como expressava em atos e palavras, tudo como pano de fundo sua Mãe!

“A Mãe olha para o bebê que segura nos braços, o bebê contempla a face da Mãe, e se encontra ali....” (Winnicot), percebe-se esta falta nas crianças de hoje,o contato real da mãe com o filho, laços afetivos, que se entrelaçam na fecundação, gestação, a vida inteira. E Jesus teve esse encontro, este contato em toda a sua vida terrena, a Mãe sempre presente, mesmo a distância, onde o silêncio, saudade, já oferecia sua mensagem. Em todas as palavras do Messias, estava a personalidade da Mãe. Quando disse “Isto é meu corpo...”(cf.Lc 22,19), podemos pensar o que a humilde jovem de Nazaré vivenciou : “ A caminho da casa de Isabel e nos meses que se seguiram, a gestação em seu útero virgem, meditava; isto é meu corpo, meu sangue...

Sob o olhar vigilante dos animais da estrabaria, da noite fria, Ela o acalentou, sussurrando: “Isto é meu corpo, meu sangue; na fuga para o Egito e a volta para Nazaré, na busca do filho perdido, e quando pressentiu que Ele ia embora, Ela o deixou partir, entendendo: “ Isto é meu corpo, meu sangue!”

Aos pés da cruz, marcada pelo sangue inocente do filho, recordando e gemendo: “ Isto é meu corpo e sangue...”

Quando as trevas, as pedras e o sepulcro transformaram-se em manhã de Páscoa , Ela correu para Ele dizendo: “Isto é meu corpo, meu sangue!”

E ninguém pensou em lhe dizer: “Mulher não és digna de dizer essas palavras, em nada te pareces com Ele.” (Irene Zimmerman).

Não há como dizer tudo sobre Mãe, todos nós sabemos que ela é um mistério que vivenciamos em nossas vidas, e mesmo assim não compreendemos o que se passa na vida dela.

Todas Elas querem o filho junto de si, qualquer separação, mesmo temporária é uma violência ao seu coração, sente-se roubada naquilo que é mais profundamente seu (cf. Lc 2,41-52) e notamos a veracidade dos fatos como os filhos de hoje não dão importância e um certo carinho com sua proterora.São tantas mães que são esquecidas em asilos, sanatórios, pelo fato de não querer oferecer-lhes amor, e isso podemos observar com as Escrituras enfatiza o cuidado com os pais (cf. Ex20,12/Dt 5,16/ Ecle 31-7/Ecle 7,27-28) dentre outros.

Festejar o segundo domingo de maio, é refletir o momento crucial em que as famílias de hoje estão se tornando. O perfil , a educação da família está totalmente fora dos padrões, ainda mais se tratando da célula principal: amor e compromisso.

Mais que presentes, o que elas querem é o nosso coração e amor (cf.Proverbios 23,26), o amor de uma Mãe, é um amor incondicional, este amor podemos também encontrar em Maria, um colo de Mãe, não faz mal a ninguém, independentemente da idade; como diz Gabriel Chalita: “ Mãe é para sempre, mãe cuida da gente!”. Para isso é necessário, abandonar, não querer ter razão, silenciar-se diante daquela que nos recebeu em seu corpo, alma, afeto, perceber como fazem tudo por nós, podemos notar o seu carinho na roupa limpa, a refeição, é como Carlos Drummond dizia de sua querida mãe: “todo dia a comida era arroz e feijão, mas Ela amava!”

O nome de Mãe ecoa em todos os momentos de nossas vidas, principalmente quando sentimos sós, em apuros e Rubem Alves (2005) ressalta esta verdade sobre um pequeno texto que escreve sobre Maria: “Me contaram que na língua Zulu, quando alguém está muito longe, esta distância que se perde além do horizonte, a pessoa vira poeta, e diz uma única palavra que, se traduzida literalmente, signficaria: Lá onde alguém grita, ò Mãe estou perdido!"

Solidão sem remédio. Todos os gemidos são inúteis. Os únicos sons, aqueles dos pássaros, do vento, o bater do próprio coração, o silêncio...

E a despeito disso, o mesmo nome mágico é pronunciado, como se o espaço vazio tivesse ouvidos maternos para ouvir um soluço de uma criança perdida, longe , muito longe de casa: Mãe! Estranho e belo: nome, nome que desenha contornos de um corpo de mulher, invocado na dor de uma ausência universal. E o corpo de mulher transforma em uni/verso, um mesmo poema que reflete mundo afora!

(...) E fica aquele grito de solidão: Oh Mãe, estou perdido! Nas estórias infantis as mães estão sempre ausentes. As estórias são verdadeiras: nenhuma mãe é grande que chegue para satisfazer a nossa nostalgia. Porque esta Mãe com que sonhamos teria que ser bela e terna como a Pietá, e o seu colo teria que ser do tamanho do universo, do cosmo inteiro. Nele se deita o próprio Filho de Deus.

Oh meu Deus, a nossa nostalgia só será satisfeita se esta Mãe viver em Ti. Assim, quando do fundo da tristeza gritarmos: “Ó Mãe, estou perdido!” Ouviremos a resposta maternal: “Meu Filho estou aqui!” E assim a cada primavera, a cada estrela que cintila, há aquelas mulheres no silêncio do seu coração, aguardam dos seus filhos apenas isso: “Mãe estou aqui!”
Para todas as Mães, aquelas que geraram na carne e principalmente aquelas que geraram em seu coração,um feliz e abençoado Dia das Mães!

(GED Divinópolis/MG-Maio 2010).

domingo, 2 de maio de 2010

"Um divisor de águas também em minha vida"

Difícil expressar em palavras o que não é da ordem do concreto, corro o risco de falhar em me expressar...

Sempre fui católica. Meus pais são, meus avós foram, assim como meus bisavós. Católica por tradição! Assim eu me definia e vivia. Participava das missas aos domingos, catequese... Pedia a Deus que abençoasse o início de cada dia, dormia cansada demais para agradecer. E, como não podia faltar... pedia auxílio nos momentos de aflição.

Ainda assim, me sentia extremamente desamparada, órfã mesmo. Identificava-me com a música do Djavan: “nem que eu bebesse o mar, encheria o que tenho de fundo”.

Com pouco esforço de minha parte, consegui a “vaga” para o Cursilho.

Digo pouco esforço porque não pude ir às reuniões Pré-Cursilho, estava trabalhando, ou cansada demais, sempre cansada demais! Mas, Deus não desistiu de mim! Eu fui.
Aprendi coisas importantes ao fazer o Cursilho... Uma delas é que sou MUITO amada por Deus!!!!

Acredito que renasci. Tenho a oportunidade de reconstruir minha existência, reaprender a andar, a falar, como um bebê, só que agora à luz do Evangelho.

Aprendi também o significado das palavras: CONVERSÃO E ENTREGA. Estou decidida a viver com intensidade esses significados.

Quando meu “padrinho” foi até a minha casa fazer a minha preparação ouvi a seguinte frase, dita com voz serena, olhar acolhedor e muito amor: “O Cursilho é um divisor de águas”. Ele tinha razão! Não me identifico mais com aquela música, pois, agora nada é mais tão fundo. Sinto-me preenchida pela fé que vivenciei, pelo amor que experimentei, pela possibilidade de escrever uma nova historia.

Não sou mais católica por tradição. Experimentei um extremo amor, o AMOR DE DEUS!!! Hoje, sou católica por convicção e opção.


Agradeço a toda a equipe que trabalhou no 1º Cursilho Ambiental Feminino de Divinópolis por terem sido instrumentos da Graça de Deus em minha vida.

Ana Fernanda Galvão
Grupo Evangelho Vivo
Divinópolis