No dia 21 de junho passado,
partiu para o Reino definitivo o nosso irmão Silvério. Alcançou a morada
celeste servindo aqui em baixo à sua igreja e aos que tiveram o privilégio da
sua presença. O movimento de cursilhos contribuiu, decisivamente, para que ele
se tornasse um autêntico apóstolo dos nossos tempos.
Como o nosso patrono São
Paulo, também combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé.
Foi igreja no coração do
mundo e mundo no coração da igreja. Onde Deus o colocou, ele se floriu, produziu frutos em abundância, cem por um.
Na família, no seu ambiente
profissional tornou-se sinal, sacramento, referência de Deus para os que o
rodeavam. Extrovertido, procurando viver a ventura da graça, cada dia da sua
vida, animou, soergueu, levantou muitos através da alegria contagiante que o
seu rosto e gestos revelavam a todos. Na sua comunidade paroquial, como
ministro extraordinário da eucaristia, do batismo, na preparação dos pais e
padrinhos para o sacramento do batismo, nos encontros de iniciação cristã
colocou com amor e disponibilidade seus talentos à construção do Reino. Ele se
situava entre os primeiros da caminhada do movimento. Participou do cursilho em
julho de 1971, na diocese de Teófilo Otoni. O compromisso assumido de que
Cristo poderia contar com ele, perdurou até o final. Se buscarmos, se
recorrermos aos quadrantes dos cursilhos masculinos realizados aqui
verificaremos que ele colaborou em muitos. Poucos são os que o alcançam. Quando
era convocado, se preparava convenientemente. Na manhã da quinta-feira, já
estava na casa. Quando os demais se apresentavam no horário determinado,
encontravam a sala de mensagens e outras dependências preparadas.
Durante muitos anos foi,
sozinho, uma equipe de apoio. Um dos instrumentos mais eficazes, recomendados
pelo cursilho para perseverarmos na missão assumida é a reunião de grupo
semanal. Ele a observava fielmente. Quarenta e três anos de freqüência, de
presença.
Sete anos no grupo São João
Bosco, trinta e seis no grupo São João Vianey. Sentia-se feliz com o momento.
Animava, incentivava, ajudava aos companheiros a ir em frente, avante. Amou o
seu grupo, os seus irmãos de caminhada.
Não esqueceremos o Silvério
e o recordaremos sempre, com saudades, trabalhando no cursilho.
O último a deitar-se e o
primeiro a levantar-se, para verificar, conferir se tudo estava organizado para
a jornada do dia. Era incansável.
Os valores do Reino, abraçados em Teófilo Otoni, em julho de 1971,
ele os tornou pérolas preciosas e as ofertou generosamente à igreja e ao Movimento dos Cursilhos da Diocese de Divinópolis.
Assim era o nosso Silvério.
Amém!
Rafael Fernandes
Divinópolis
Rafael, como é bom e agradável ler seu texto, dá pra escutar sua voz pronunciando cada palavra escrita.
ResponderExcluirTive o privilégio e a felicidade de ter servido em muitos Cursilhos junto com Silvério e Rafael Fernandes. Aprendi muito com os dois. Tenho vocês como Pai, que me orientaram em meus primeiros passos de caminhada nesse amado Movimento.
Sinto muito a falta do Silvério na Casa de Retiro Mons. Hilton durante os três dias de Cursilho, é muito difícil estar atrás do ambão da sala de Mensagem e olhar ao fundo e não ver mais o Silvério com seu sorriso ou com seu choro, ambos eram contagiantes.
Agora o tenho como mais um intercessor, reforçando o time de cima, juntamente com Sr. Hamilton, Geraldinho de Ermida, Tasso e muitos outros Cursilhistas que vivem agora o seu 5º dia de Cursilho tendo como Coordenador o próprio Jesus Cristo.
Rafael espero te encontrar nos próximos Cursilhos, tenho muito a aprender com você e agora sem a coluna que era o Silvério, nosso movimento depende mais ainda de sua força e sabedoria.
Um grande abraço!
DECOLORES.
Edilson