sexta-feira, 4 de julho de 2014

Assim era o nosso Silvério...




No dia 21 de junho passado, partiu para o Reino definitivo o nosso irmão Silvério. Alcançou a morada celeste servindo aqui em baixo à sua igreja e aos que tiveram o privilégio da sua presença. O movimento de cursilhos contribuiu, decisivamente, para que ele se tornasse um autêntico apóstolo dos nossos tempos.

Como o nosso patrono São Paulo, também combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé.


Foi igreja no coração do mundo e mundo no coração da igreja. Onde Deus o colocou, ele se floriu,  produziu frutos em abundância, cem por um.

Na família, no seu ambiente profissional tornou-se sinal, sacramento, referência de Deus para os que o rodeavam. Extrovertido, procurando viver a ventura da graça, cada dia da sua vida, animou, soergueu, levantou muitos através da alegria contagiante que o seu rosto e gestos revelavam a todos. Na sua comunidade paroquial, como ministro extraordinário da eucaristia, do batismo, na preparação dos pais e padrinhos para o sacramento do batismo, nos encontros de iniciação cristã colocou com amor e disponibilidade seus talentos à construção do Reino. Ele se situava entre os primeiros da caminhada do movimento. Participou do cursilho em julho de 1971, na diocese de Teófilo Otoni. O compromisso assumido de que Cristo poderia contar com ele, perdurou até o final. Se buscarmos, se recorrermos aos quadrantes dos cursilhos masculinos realizados aqui verificaremos que ele colaborou em muitos. Poucos são os que o alcançam. Quando era convocado, se preparava convenientemente. Na manhã da quinta-feira, já estava na casa. Quando os demais se apresentavam no horário determinado, encontravam a sala de mensagens e outras dependências preparadas.

Durante muitos anos foi, sozinho, uma equipe de apoio. Um dos instrumentos mais eficazes, recomendados pelo cursilho para perseverarmos na missão assumida é a reunião de grupo semanal. Ele a observava fielmente. Quarenta e três anos de freqüência, de presença.

Sete anos no grupo São João Bosco, trinta e seis no grupo São João Vianey. Sentia-se feliz com o momento. Animava, incentivava, ajudava aos companheiros a ir em frente, avante. Amou o seu grupo, os seus irmãos de caminhada.

Não esqueceremos o Silvério e o recordaremos sempre, com saudades, trabalhando no cursilho.

O último a deitar-se e o primeiro a levantar-se, para verificar, conferir se tudo estava organizado para a jornada do dia. Era incansável.

Os valores do Reino,  abraçados em Teófilo Otoni, em julho de 1971, ele os tornou pérolas preciosas e as ofertou generosamente à igreja e ao Movimento dos Cursilhos da Diocese de Divinópolis.

Assim era o nosso Silvério.

Amém!

Rafael Fernandes
Divinópolis


Um comentário:

  1. Rafael, como é bom e agradável ler seu texto, dá pra escutar sua voz pronunciando cada palavra escrita.
    Tive o privilégio e a felicidade de ter servido em muitos Cursilhos junto com Silvério e Rafael Fernandes. Aprendi muito com os dois. Tenho vocês como Pai, que me orientaram em meus primeiros passos de caminhada nesse amado Movimento.
    Sinto muito a falta do Silvério na Casa de Retiro Mons. Hilton durante os três dias de Cursilho, é muito difícil estar atrás do ambão da sala de Mensagem e olhar ao fundo e não ver mais o Silvério com seu sorriso ou com seu choro, ambos eram contagiantes.
    Agora o tenho como mais um intercessor, reforçando o time de cima, juntamente com Sr. Hamilton, Geraldinho de Ermida, Tasso e muitos outros Cursilhistas que vivem agora o seu 5º dia de Cursilho tendo como Coordenador o próprio Jesus Cristo.
    Rafael espero te encontrar nos próximos Cursilhos, tenho muito a aprender com você e agora sem a coluna que era o Silvério, nosso movimento depende mais ainda de sua força e sabedoria.

    Um grande abraço!

    DECOLORES.

    Edilson

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