terça-feira, 13 de outubro de 2009

EM BUCA DE UMA IGREJA MISSIONÁRIA

Outubro é o mês em que a Igreja Católica em todo mundo intensifica as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da missão universal.

O objetivo da Igreja é promover e despertar a consciência e a vida missionária bem como as vocações missionárias. Neste período acontece uma mobilização especial para uma Coleta mundial para as Missões com o objetivo de sustentar as atividades de promoção humana e de evangelização nos cinco continentes, sobretudo em países onde os cristãos são ainda uma minoria e as necessidades materiais são mais urgentes.

Desde 1926, com a instituição do Dia Mundial das Missões pelo papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, e em todas as Igrejas particulares, o apelo de renovar e direcionar o próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em dimensão universal. A V Conferência do CELAM, realizado em Aparecida-SP, fez um apelo forte, no sentido de que toda Igreja, todos os batizados, se tornem discípulos missionários de Jesus Cristo.

Conforme já nos orienta o documento conciliar do Vaticano II, Ad Gentes, sobre atividade missionária, a Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo. Orientados, portanto, pelo Evangelho somos convocados a atividade missionária desde o início da nossa vida cristã.

É no coração da humanidade que somos chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza missionária.

Sensível aos sinais dos tempos e consciente de sua vocação missionária, em Abril deste ano, em Itaici-SP, a Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, aprovou a iniciativa de se fazerem uma Semana Missionária para a Igreja Católica na Amazônia. No último dia 28 de agosto, a Comissão Episcopal para Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou para todas as dioceses do país o material necessário para divulgar a Semana Missionária deste ano que possui o seguinte tema “É Cristo que aponta para a Amazônia”. Esta Semana acontece entre os dias 25 e 31 de outubro, com abertura às 9h da manhã na Catedral da Sé, em Belém (PA).

Segundo a assessora da Comissão, irmã Maria Irene Lopes dos Santos, a Semana pretende envolver a Igreja no Brasil de diversas formas. “O projeto visa envolver a Igreja fazendo com que os leigos entendam a importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo. Aspectos ecológicos, ambientais, econômicos, políticos e, sobretudo, os voltados para a evangelização”.

Assim o desejo da CNBB é que Dioceses, paróquias e comunidades se envolvam na realização da Semana Missionária para a Igreja na Amazônia, com o objetivo de chamar atenção para a região e a realidade social e ambiental na qual o seu povo vive.


Pe. Ulysses César N. Alvim

2 comentários:

  1. Legal d++ essas iniciativas da Igreja.
    Ver a Igreja discutindo assuntos ecológicos locais, ambientais, social, educacionais, qualidade de vida, etc, traz pra perto a dimensão da responsabilidade de ser cristão em todos os aspectos da nossa vida.

    Que essa reflexão alcance além da Amazônia, e modifique tbm nossas cidades, nossas casas, através da nossa atitude.
    Lula-Cláudio

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  2. Querido Padre Ulysses, como é importante lermos com atenção sua mensagem.
    Em meio a tantas notícias de vendavais, tissunames, terremotos, enchentes e outras tragédias da natureza aqui em nosso país e em tantos lugares do mundo e percebendo que na maioria dos casos as maiores vítimas são pessoas carentes, temos que lembrar de partilhar e socorrer aos necessitados, mas também de que o mundo em que vivemos foi criado por Deus, um maravilhoso presente para todos nós.
    É fundamental repensarmos nossas ações.Ao cuidarmos do meio ambiente, do irmão, de nossa sociedade, estamos demonstrando de alguma forma nosso amor a Deus.
    Sigamos o exemplo de São Francisco de Assis que amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo que protegia animais e plantas, chamando-os, carinhosamente, de irmãos.
    Thaís Helena - Cláudio-MG

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