A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico onde meditamos, sobretudo no mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus.
A festividade de Cristo Rei foi instituída liturgicamente no ano santo de 1925 por papa Pio XI com a encíclica “Quas primas”. Durante esta solenidade o Santo Padre, declarou que o Cristo é o fim para o qual se dirigem todas as coisas. Esta festa foi instituída para ser celebrada no último domingo de outubro e que, a seguir, a reforma litúrgica determinou fosse celebrada no último domingo que precede o tempo do Advento.
É, portanto, uma festa móvel e a cor litúrgica das vestes e dos paramentos é o branco, que celebra Seu mistério de glória, como em todas as solenidades que se referem ao Senhor. Neste ano celebraremos no dia 22 de novembro.
No dia 22 de novembro, Domingo o último do ano litúrgico, confessamos a Jesus Cristo Rei e Senhor do universo. Rei e Senhor da criação inteira. O centro da história. A esperança da humanidade. Porque Cristo, que é a salvação de Deus para todos os homens, já inaugurou seu reino neste mundo.
Comemoramos este mês a festa de um Rei que, paradoxalmente, proclama a simplicidade e a humildade. Sua festa tem que ser a ocasião de aprofundarmos na verdade mais essencial de nossa fé.
Nesse dia encerramos o ano litúrgico e começamos o tempo ADVENTO. A Igreja convida-nos a concentrar nossa mente e coração nesse fundamento de nossa fé; Jesus Cristo, o Senhor.
A festa de Cristo Rei é a coroação de todo o ciclo da liturgia eclesiástica, porque na figura de Cristo Rei, se resume toda a obra salvadora do Messias.
Juntamente com a festa de Cristo Rei, a Igreja celebra o Dia do Leigo. Somos convidados a refletir neste dia sobre a identidade e missão dos cristãos leigos que formam a imensa maioria do Povo de Deus e são esperança da Igreja.
A Igreja ao refletir sobre a identidade do leigo vai poder adquirir sempre mais o rosto plural e rico. Na festa de Cristo Rei, o cristão leigo, é chamado uma vez mais a assumir uma identidade que é sua, uma identidade crística. Segundo Maria Clara Lucchetti Bingemer, teóloga contemporânea, esta realidade cristica vai significar uma recriação hoje e sempre da história de Jesus de Nazaré, de forma inovadora e adequada à personalidade de cada um, à cultura e aos tempos.
Assim aprendemos com esta reflexão que todo cristão católico batizado é um cidadão pleno, participante ativo, depositário de um ministério que o faz atuar com e como Cristo.
Neste Domingo de Cristo Rei, quando a Igreja no Brasil celebra o Dia do Leigo, todos os batizados são chamados a renovar seu compromisso batismal. Assim, acreditamos que estarão proclamando que Jesus Cristo é o Rei do Universo e se dispondo a recriar suas atividades e seus gestos, amando com um coração semelhante ao seu.
Padre Ulisses César