Acompanhava papai e mamãe juntamente com toda família e não entendia quase nada do que se passava. Hora faziamos serenata em que eu aguentava no máximo a primeira casa e acabava dormindo, hora estavamos reunidos aos demais moradores do bairro. Ônibus eram fretados, e lotados, seguiam para um lugar que nem tinha idéia de onde seria, e voltávamos como caravanas em estádio de futebol cujo time foi campeão! Uma alegria incalculável. Apenas uma coisa para mim, apesar da tenra idade era claríssima: esse tal de Decolores é algo que traz paz, alegria, isso era visível nos olhos dos meus pais e de todos que participavam das reuniões e celebrações.
O tempo foi passando, fui crescendo e já cantava uma frase completa “venham todos que esse é o caminho...” E meus pais fiéis em seu quarto dia, embora eu ainda não soubesse de nada que se passava, apesar dos reflexos benéficos que o MCC infundia em nossa família nos trazendo tudo de bom.
A juventude chegou, e com ela um pouco mais de independência.
Já não mais acompanhava meus pais nos acontecimentos do Cursilho e confesso que achava engraçado tudo que eles faziam, cantavam o Decolores, continuavam com as serenatas, seguiam para Divinópolis todo ano e perseveravam naquela alegria embora as diversidades da vida.
Fui seguindo minha vida, trabalho, estudos, e agora já não os acompanhava em nada relacionado ao MCC, no máximo via um papelzinho pregado na geladeira com os dizeres: dia xx, às xx hs , Ultréia na Paróquia xx , eu ainda me perguntava: será o que é essa tal de Ultréia? Apenas sabia que meus pais eram assíduos e só não participavam por motivo de extrema necessidade. A vida foi seguindo, meus irmãos mais velhos foram encaminhados a participarem do MCC e também neles se via clara a presença de Cristo assim como em meus pais.
Agora já formado (enlutado pela perda de meu pai num trágico acidente) casado, com um filho, o Pedro Henrique com que na época tinha apenas 8 meses, eu sabia que apesar de não conhecer a fundo o MCC , ele exerceu um papel fundamental para que eu fosse o que era, a formação, orientações religiosas e morais, recebidas de meus pais tinha um alicerce forte , Jesus Cristo, apresentado a eles pelo MCC. Neste exato momento, meu irmão, Vicente Lassales, que se fazia fiel ao movimento convidou – me a fazer o Cursilho pois seria ele o coordenador. Sem exitar aceitei o convite, recém casado, iniciando a constituição de uma família, percebi que seria um amparo para minha formação e em Agosto de Dois mil e quatro participei do Sexagésimo Quarto Cursilho Masculino Adulto da Diocese de Divinópolis. Agora sim, o Decolores fazia sentido, a fonte da alegria expressada em cada rosto foi a mim revelada, fiz meu encontro pessoal com Jesus Cristo. Dai em diante eu e a Flávia minha esposa já começamos a seguir as trilhas que meus pais seguiram e agora já era o Pedro Henrique que ouvia o decolores sem entender nada, mas repetia a canção com enorme entusiasmo. Tive a oportunidade de trabalhar em vários Cursilhos e todos fizeram eu crescer na fé e no ideal de seguir a Jesus Cristo.
Agosto realmente passaria a ser um mês iluminado de convites, pois em Agosto de Dois mil e Sete, durante a avaliação do Vigésimo Quinto Cursilho Masculino Jovem, recebi o convite para ser base do meu estimado irmão em Cristo, Gustavo e eu coordenaria o Vigésimo Sétimo Cursilho Masculino Jovem em Julho de Dois mil e Nove. Mais uma vez, inspirado pelo Espírito Santo aceitei o convite. A família cresceu, vieram a Giovana e a Rafaela , casa cheia , muito trabalho para criar os filhos, porém sempre com os pensamentos voltados para o Vigésimo Sétimo.
Vigésimo sétimo, como esquecer a experiência vivida ?
Como esquecer aquela equipe que as luzes do evangelho lavou os pés uns aos outros?
Amparados por um Pastor comprometido, Pe Adilson Neres , que nos deu exemplo de serviço ao reino de Deus.
Como esquecer o rosto daqueles quarenta e oito jovens que tiveram suas vidas marcadas pelo Espírito Santo de Deus ?
Inesquecível! Porém, a exemplo de Pedro , Tiago e João , somos convidados a nos despojar das lembranças, fazer a experiências do Cristo foi fascinante porem temos que descer do Monte Tabor e seguir as palavras do mestre.
Como disse no encerramento, volto a repetir, nem mesmo se eu tivesse as palavras de são Paulo, não conseguiria expressar o que passei naqueles três dias.
Resta então agradecer a Deus por ter capacitado a mim e aquela equipe , não fizemos nada além do que deveríamos ter feito, mas o que fizemos foi fundamentado em muita doação e amor ao próximo. Agradecer ainda a todos que direta ou indiretamente colaboraram para a realização do Vigésimo Sétimo e dizer a todos os novos cursilhistas que passaram pelo Cursilho que se juntem a nós na luta pelo Reino.
Parabéns ao Ged de Divinópolis pelos 20 anos do Cursilho Jovem em nossa Diocese.
Que Deus abençoe a todos.
Toninho – Itaúna
Que beleza!!!!
ResponderExcluirEu pude viver tudo isso que o Toninho descreveu no 27º Cursilho masculino jovem, e confesso que fiquei muito emocionado tbm ao conhecer um pouco da história de seu pais, etc. Realmente foi uma experiência impactante! O Decolores invade nossas vidas sem arrombar, e quando ele se instala, nos apaixonamos mais ainda com a vida de Cristo.
O 4º dia é agora,
Luiz Augusto.
É GRATIFICANTE SABER QUE SEMENTES CAIDAS EM TERRA BOA EM TÃO POUCO TEMPO JÁ ESTÃO PRODUZINDO FRUTOS!!!! PARABÉNS LUIZ AUGUSTO , CONTINUE A NOS MOTIVAR COM SUA DEDICAÇÃO !!! PARABÉNS ROBSON PELO EMPENHO !!! NOS ESPELHAMOS EM VOCÊS.
ResponderExcluirTONINHO - ITAÚNA